Obras | Exposição


Olá caros amigos.
Estou honrado em receber sua visita neste espaço virtual.
Seja muito bem-vindo à exposição. Com carinho, Humberto Espíndola.

Foto de Alexis Prappas


O fazer
da arte

No fazer da arte, o que realmente importa é o resultado. Aquilo que se obtém visualmente. Fazemos esta observação porque geralmente supõe-se que gravuras processadas em computador revelam características onde o instrumento de trabalho se evidencia demais. Excessos de retícula, efeitos de alto-contraste, futurismos de um modo geral, divulgaram a primeira imagem dessas novas “mesas de gravar” à disposição dos artistas contemporâneos.

Os instrumentos oferecidos hoje pelos softwares, suas ferramentas – como bem se diz, são um manancial revolucionário para as artes visuais, pois nesse atelier completo, contido no computador, encontra-se condições para que o artista plástico possa realizar-se (ou fazer experiências) como gravador, também no sentido daquele que vai obter resultados na relação com a impressora, e não somente com o vídeo.

Estas imagens buscam, portanto, através da erudição do olhar, as delícias do papel. Assim afloram memórias de pintura a guache, água-forte, aquarela, ponta-seca, litografia, enfim, arqueologias de velhas técnicas pontilhando o sonho de quem se envolve no fazer…

Como dissemos anteriormente, nesta categoria, a gravura é resultado e o mérito da arte está no que se vê.

Humberto Espíndola
Dezembro de 2000

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A gravura de
Humberto
Espíndola

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Humberto Espíndola, por sua expressiva participação nas artes plásticas do Centro-Oeste, tem garantido um espaço dos mais significativos na moderna pintura brasileira.

Noemi Ribeiro (*)

(*) Historiadora de Arte, especialista em graphic design e comunicação visual. Atuou como professora de gravura da Escola Nacional de Belas Artes, fundou o Gabinete de Gravura do Museu Nacional de Belas Artes (RJ). Publicou importantes estudos, como o premiado Osvaldo Göeldi um auto-retrato, ed. CCBB, 1995.

A poética visual do artista ligada à paisagem rural, nos remete ao mitológico minotauro, ou até mesmo ao egípcio deus Apis. São touros alados, touros músicos com seus instrumentos vivos e expressivos, touros dançarinos. Perpetuados pelos egípcios e gregos, os touros sempre apareceram como símbolos arquetípicos alternando seus significados de alegria ou condolências, numa relação direta com o plantio, a colheita e as festas báquicas. Os touros de Humberto não deixam de nos remeter aos primórdios da experiência humana, marcando uma etapa do homem interior, do homem trágico onde as máscaras rituais sublinhavam nosso aspecto dual, de um lado o corpo de outro o espírito. As figuras mitológicas utilizam-se desse vocabulário expressivo jogando com suas flutuações, sua imprecisão, revelando as oposições das várias faces humanas, Eros e Tanatos, Apolo e Dionísio, os opostos que lutam sempre por uma unidade. Nessa luta revela-se o homem, que é ao mesmo tempo agente e paciente, lúcido e cego, senhor de toda a natureza porém incapaz de governar o seu destino. Estas questões sempre estão presentes na pintura de Humberto e agora foram carregadas para outra forma expressiva, a gravura.

As cores de Humberto, extremamente violentas e ao mesmo tempo amorosas, nos chamam a participar, exigem a presença do nosso olhar que percorre, com curiosidade, as imagens vigorosas que o artista nos oferece, criando uma espécie de ressonância comunicativa em nossa alma. Suas cores expressivamente ricas concorrem para narrar a realidade selvagem e surpreendente, dos seus simbólicos touros.

Ativo e inquieto, Humberto pesquisa atualmente novas dimensões expressivas dedicando-se à linguagem eletrônica como novo espaço para suas propostas visuais. As inovadoras gravuras, geradas e coloridas com a luz de um computador, o inserem num contexto novo, cheio de amplas possibilidades e rico em evocações poéticas. A “descoberta” de um novo meio de expressão representa um passo decisivo na direção de uma reformulação profunda do olhar. Humberto, por sua capacidade criativa e por uma incessante procura de expressão, incorporou as informações tecnológicas surpreendendo seus admiradores com gravuras de enorme riqueza gráfica e potência de colorido. Seus novos trabalhos não perdem nada da intensidade e vigor usual nas suas pinturas. As gravuras de Humberto somam ao seu universo criativo um toque de experimentação além da sua indiscutível qualidade imagética.

Humberto Espíndola, nos remetendo a um passado mítico, começa a olhar e a falar com outros meios expressivos atualizando seus arquétipos editados sob forma eletrônica.

As formas taurinas explodem, incendeiam-se e, quando se supõe que viraram pura imagem luminosa elas voltam a nos falar das máscaras trágicas, do mágico e do mítico.

# 01

Mangueiros no Foco

Humberto Espíndola
931 x 1500 pixels

#02

Pavilhão

Humberto Espíndola
694 x 956 pixels

#03

Mãe e filha

Humberto Espíndola
1464 x 872 pixels

#04

Deitados
Pauta

Humberto Espíndola
2608 x 1692 pixels


#05

Sem título
Série Cupins

Humberto Espíndola
2631 x 1860 pixels


#06

Sem título
Série Cupins

Humberto Espíndola
1759 x 1194 pixels

#07

Sem título
Série Cupins

Humberto Espíndola
1747 x 1194 pixels

# 08

Cupim Prata

Humberto Espíndola
1023 x 1500 pixels

# 09

Cupim Solo

Humberto Espíndola
1023 x 1500 pixels

# 10

Bois indígenas
Pauta

Humberto Espíndola
1609 x 2434 pixels

# 11

O Sacrifício

Humberto Espíndola
1500 x 1040 pixels

# 12

Mulheres e Minos

Humberto Espíndola
1500 x 1074 pixels

# 13

Sátiro

Humberto Espíndola
2631 x 1860 pixels

# 14

Disputa de Copas

Humberto Espíndola
1166 x 1860 pixels

# 15

Hércules Menino

Humberto Espíndola
2169 x 1244 pixels

# 16

Boi na Gruta

Humberto Espíndola
2100 x 1095 pixels

# 17

Bisons Enfileirados

Humberto Espíndola
1500 x 874 pixels

# 18

Mitra

Humberto Espíndola
1606 x 932 pixels

# 19

Meninos Caboclos

Humberto Espíndola
1500 x 953 pixels

# 20

Monstro

Humberto Espíndola
2500 x 1748 pixels

# 21

Veludo

Humberto Espíndola
1991 x 1058 pixels

# 22

Boiada na noite

Humberto Espíndola
1497 x 822 pixels

# 23

Boi-onça

Humberto Espíndola
1949 x 1158 pixels

# 24

Guardião da Noite

Humberto Espíndola
1765 x 1160 pixels

# 25

Kadiwéu Noturno

Humberto Espíndola
1500 x 925 pixels

# 26

Pote Kadiwéu

Humberto Espíndola
1500 x 1143 pixels

# 27

Colcolor

Humberto Espíndola
745 x 615 pixels

# 28

Frente

Humberto Espíndola
1110 x 702 pixels

# 29

Janela
Negativo

Humberto Espíndola
775 x 753 pixels

# 30

Língua de Fora I

Humberto Espíndola
1156 x 865 pixels

# 31

Língua de Fora II

Humberto Espíndola
1156 x 865 pixels

# 32

Sanfoneiro

Humberto Espíndola
1059 x 727 pixels

# 33

Violoncelo

Humberto Espíndola
571 x 911 pixels

# 34

Bumbinha

Humberto Espíndola
996 x 644 pixels

# 35

Vaca Escada

Humberto Espíndola
931 x 1500 pixels

# 36

Salomé

Humberto Espíndola
1273 x 2121 pixels

# 37

Madona do Boi

Humberto Espíndola
1309 x 1857 pixels

# 38

Nossa Senhora
do Boi

Humberto Espíndola
1500 x 953 pixels

# 39

Carreta

Humberto Espíndola
1500 x 1059 pixels


# 40

Carreta II

Humberto Espíndola
1500 x 1500 pixels


# 41

A hora da Estrela

Humberto Espíndola
1286 x 1500 pixels

# 42

Azuis

Humberto Espíndola
2201 x 1245 pixels

# 43

Assédio à Modigliani

Humberto Espíndola
2631 x 1860 pixels

# 44

Gauguin

Humberto Espíndola
2631 x 1860 pixels

# 45

Homenagem à Picasso

Humberto Espíndola
1689 x 1049 pixels


# 46

Homenagem à Rauschemberg

Humberto Espíndola
1661 x 1233 pixels

# 47

Mandala I

Humberto Espíndola
1500 x 1500 pixels

# 48

Mandala Bandeira

Humberto Espíndola
1500 x 1500 pixels

#49

Mandala II

Humberto Espíndola
1500 x 1500 pixels


#50

Mandala Eclipse

Humberto Espíndola
1500 x 1500 pixels


CURADORIA
Amanda Gama e Willian Gama

REALIZAÇÃO
Coordenação de Cultura e Vivência da UFMT/PROCEV
Museu de Arte e de Cultura Popular (MACP/UFMT)
Galeria Mirante das Artes


A exposição integra o programa “A importância da Cultura nos 50 anos da UFMT”

3 comentários em “Obras | Exposição

  1. Bois Indígenas – doçura; Mitra – memória ancestral de marinheiros mediterrâneos; Frente, Carreta II, Madona do Boi – mormaço silencioso que encharca a alma no Mato Grosso arcaico; Homenagem a Rauschemberg – convite ao contemporâneo.
    Sorte tenho de ter a companhia dessas obras.

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